Exposto a diversas condições insalubres, o soldador enfrenta riscos que podem resultar em grandes malefícios para sua saúde. É por isso que a empresa deve redobrar a atenção a respeito do uso de EPIs obrigatórios para a área metalúrgica, providenciando os equipamentos corretos para cada funcionário. No post de hoje, vamos abordar os vários EPIs para soldador, garantindo que seu trabalho seja, além de eficiente, mais seguro.
Primeiramente, vamos relembrar a importância do EPI no ambiente de trabalho:
Muitos colaboradores e empreendedores ainda não compreendem a necessidade real de utilizar os equipamentos de proteção. Capazes de prevenir grande parte dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, eles são materiais que tornam a empresa mais segura tanto para empregados quanto para empregadores, já que, dentro do ambiente de trabalho, os acidentes podem acontecer com qualquer pessoa.
É responsabilidade dos supervisores da empresa garantir que os empregados usem os EPIs de maneira correta, além de conscientizá-los sobre a importância dos itens. Uma empresa que não os fornece gratuitamente e não fiscaliza a sua utilização está descumprindo os termos da NR 6, estando sujeita a multas e processos judiciais.
Também é responsabilidade da empresa substituir os equipamentos perdidos ou deteriorados, assim como ter uma certificação de aprovação do órgão responsável. Preocupar-se com a saúde e a segurança dos funcionários é a melhor forma de garantir que o trabalho continuará acontecendo de forma efetiva, com o mínimo possível de imprevistos.
Além de ameaças comuns, como ruídos altos e má ergonomia, existem diversos outros riscos com os quais os profissionais devem se preocupar na hora do trabalho com solda. Vamos separá-los em três categorias: mecânicos, físicos e químicos.
Riscos mecânicos: abrasões, cortes e perfurações provenientes de rebarbas das chapas metálicas.
Riscos físicos: radiação ultravioleta (UV), radiação infravermelha (IV), calor e projeção de metais líquidos em altas temperaturas, com o grau de exposição conforme o tipo de solda, posição de soldagem e local de trabalho.
Riscos químicos: o processo de solda libera fumos metálicos, expondo o profissional e o ambiente a metais como ferro, alumínio, cobre, chumbo, níquel e cromo, por exemplo. Ainda há a possibilidade de inalação de poeiras tóxicas.
Máscara de solda: as máscaras e os visores protegem a face, os olhos, o pescoço e a orelha da radiação derivada do processo de solda. Por debaixo das máscaras é obrigatório o uso de óculos de proteção.
Óculos de proteção: juntamente com a máscara, são considerados um dos principais EPIs para o soldador, protegendo os olhos do profissional da exposição direta à radiação e à luminosidade intensa, além de partículas que podem entrar em contato com os olhos, causando danos irreversíveis.
Respirador: proteger a respiração também é essencial! As máscaras com filtro respirador oferecem proteção contra poeiras tóxicas e fumos metálicos.
Protetor auricular: para prevenir surdez, o uso de protetor auditivo é obrigatório para ambientes de trabalho com ruídos acima de 85 decibéis.
Avental de raspa: os aventais de soldador e outros itens de vestuário, como jalecos, capuzes, perneiras, calças e manguitos, servem para fornecer proteção mecânica e térmica para o trabalhador. São normalmente confeccionados em couro do tipo raspa, que reduz a exposição ao calor e protege contra a projeção de respingos de metal líquido.
Luvas de segurança: as luvas, confeccionadas em materiais como couro de raspa e couro de vaqueta, oferecem a proteção térmica e mecânica contra projeções de metal fundido e radiações.
Calçado de segurança: os calçados de segurança, como as botinas, devem oferecer proteção básica contra quedas de objetos. Dependendo da atividade, também devem proteger contra objetos cortantes e respingos de metal líquido.
Embora a NR 6 traga recomendações gerais sobre o uso de EPIs e a NR 34 estabeleça as condições seguras para o trabalho na indústria, há uma série de outras normas específicas para cada item de segurança.
As luvas, por exemplo, devem corresponder às normas EN 388 e EN 407, que tratam das resistências mecânicas e térmicas. Elas também devem estar em conformidade com a norma 12477, que determina os tipos de soldagem para os quais a luva é indicada.
Por isso, a empresa precisa contar com técnicos e engenheiros bem treinados, de modo a decidir quais são os EPIs mais adequados para seu ambiente de trabalho.
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